INTRODUÇÃO- A CONSTRUÇÃO DA IDADE MODERNA

1. A IDADE MODERNA


   A Idade Moderna foi uma período da história que compreende os séculos XV até XVIII  e teve grande importância para a formação do cenário mundial.  O Iluminismo, o Renascimento, a descoberta do continente e outras grandes mudanças no mundo estão contidas no contexto da Idade Moderna






  As transformações que marcaram a passagem da Idade Média para a Idade Moderna incentivaram o nascimento do chamado capitalismo mercantil e das grandes navegações. Nesse contexto, os Estados Nacionais incentivaram a descoberta e o domínio de novas áreas de exploração econômica por meio do processo de colonização. Foi nessa época que os continentes americano e africano passaram a integrar uma economia mundialmente articulada aos interesses das poderosas nações europeias.


O MERCANTILISMO



  Mercantilismo é o conjunto de práticas e idéias econômicas desenvolvidas na Europa entre o séc. XV e XVIII. O nome mercantilismo foi criado pelo economista  Adam Smith em 1776. O mercantilismo tinha por objetivo fortalecer o Estado e enriquecer a burguesia, para isso, era preciso ampliar a economia para dar mais lucro afim de que a população pudesse pagar mais impostos. Consideravam que a exportação (na linguagem de hoje) é que traria riquezas e vantagens e assim começou uma competição comercial. Ocorreu então o metalismo, que era o acumulo de moedas dentro do país e isso era considerado um sinal de que o objetivo havia sido alcançado. O único recurso encontrado então foi aplicar uma balança comercial favorável para manter o equilíbrio monetário que para eles era exportar mais e importar menos.



O Absolutismo



Luís XIV da França


Foi um novo tipo de formação política adotada pela Europa. Era chamada monarquia absolutista porque o rei detinha nela poderes absolutos. Era a fonte da soberania isto é do poder de fazer e revogar as leis.Acima do rei não havia nada não ser deus.O grande instrumento do soberano para obter essa concentração de poder foi a estrutura administrativa criada no período das monarquias nacionais ao lado delas outras forças dinâmicas concorreram para a formação do estado absolutista : exércitos nacionais  cada vez mas fortes grande crescimento econômico rígido controle do estado sobre a igreja.              


A Reforma e Contrarreforma 


MARTINHO LUTERO


Umas das causas da foi a condenação da usura pela igreja q eu dificultava o desenvolvimento do comercio e das atividades financeiras e a igreja era o objeto de critica entre os intelectuais humanistas os membros do clero e também pelos povos. No inicio do século XXIII a santa sé encarregou o monte dominicano no João Tetzel de vender indigências em regiões do sagro império Romano-germânico adecisão do papa provocou indignação no monge Agostinho Martinho Lutero que criou o luteranismo que já contava com o apoio de muitos príncipes que viam na reforma um oportunidade de ampliar seus domínios por meio do confiscos dos bens da igreja Católica.
Pega de surpresa com avanço da reforma pela Europa a igreja cria uma nova ordem reconhecida pelo papa essa nova ordem foi feita para enfrentar o espírito da reforma. O próximo passo teve um sentido doutrinário decisivo cm o propósito de assegurar a unidade da fé católica. O papa Paulo III convocou o conselho de trento que se reuniu a partir de 1545. O conclave que encerrou os trabalhos em 1563 juntos organizou a contra reforma católica adotando quatro pontos principais

1-Para corrigir a ação do clero adotou medidas para sua própria formação moral 
2-Confirmou os dogmas católicos com a presença real de Cristo na eucaristia, os sete sangramentos, batismo,crisma,penitencia,unção dos doentes e o matrimonio. 
3-Fortalecia a hierarquia portanto a unidade da igreja católica ao confirmar a supremacia do papa pastor universal de toda a igreja.
4-Para o protestante que considerava a escritura com a  única autoridade em matéria de fé afirmou que a tradição ou seja o único texto autentico era o da Bíblia.   


Renascimento Cultural  




Gioconda (Mona Lisa): principal obra de Da Vinci





O Nascimento de Vênus - Sandro Botticelli 


Escola de Atenas - Rafael Sanzio

A Escola de Atenas  é uma das mais famosas pinturas do renascentista italiano Rafael e representa a Academia de Platão. Foi pintada entre 1509 e 1510 na Stanza della Segnatura sob encomenda do Vaticano. A obra é um afresco em que aparecem ao centro Platão e Aristóteles. Platão segura o Timeu e aponta para o alto, sendo assim identificado com o ideal, o mundo das ideias. Aristóteles segura a Ética e tem a mão na horizontal, representando o terrestre, o mundo sensível.




A renascença teve início em uma região onde o crescimento da vida urbana e comercial estimulava mudanças na mentalidade das pessoas, favorecendo a crítica aos valores medievais. 
O renascimento assumiu características próprias, particulares em cada região da Europa onde se manifestou . Suas formas de expreção variam de lugar para lugar de acordo com as condições matérias  e a tradição cultural de cada um deles.
Por esse motivo apesar de lutar pela afirmação da idéia de “homem universal” o movimento renascentista acabou por estimular sentimentos de identidade nacional e cultural, contribuindo assim para a consolidação das monarquias nacionais.        





2. O QUE FOI A IDADE MODERNA?



A Idade Moderna é um período de transição na história do ocidente. Teve início em 29 de maio de 1453 e terminou em 14 de julho de 1789, com a Revolução Francesa. Algumas causas podem ter sido:a queda de Constantinopla,Conquista de Ceuta, a viagem de Cristóvão Colombo ao continente americano, ou a viagem à Índia de Vasco da Gama. É considerada época de revolução, pois sua base consiste no descarte do sistema feudal para o capitalista.
Alguns acontecimentos importantes que ocorreram na Idade Moderna:
©     A descoberta da América;
©     Tratado de Tordesilhas;
©     Descobrimento das Ilhas do Cabo Verde;
©     Teoria Heliocêntrica; Descobrimento do Brasil.

O comércio na Idade Moderna foi marcado pela forte influência da Igreja, o que causou atrasos no desenvolvimentocomercial econômico. Surgiram tardiamente feiras de comércios, mudando-o favoralmente.

Na Idade Moderna, houve muitas revoluções, entre elas:

©     Revolução Burguesa;
©     Revolução Gloriosa;
©     Revolução Inglesa;
©     Revolução Gloriosa;
©     Revolução Comercial.

Algmas características da Idade Moderna eram economia captalista, trabalho assalariado, formação de impérios coloniais, evolução do mercantilismo, revoluções, centralização de poder precoce, entre outros.Aqui vai uma prévia sobre o que você vai aprender mostrando características daquela sociedade.



1 - Naquele tempo, a maioria casava-se no mês de Junho (início do verão no hemisfério norte) porque, como tomavam o primeiro banho do ano em Maio, em Junho o cheiro ainda estava mais ou menos. Entretanto, como já começavam a exalar alguns "odores", as noivas tinham o costume de carregar buquês de flores junto ao corpo, para disfarçar. Daí termos em Maio o "mês das noivas" e a origem do
Buquê explicadas.

2 - Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente. O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa. Depois, sem trocar a água, vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as mulheres, também por idade e, por fim, as crianças. Os bebes eram os últimos a tomar banho. Quando chegava a vez deles, a água da tina já estava tão suja que era...
Possível perder um bebe lá dentro. É por isso que existe a expressão "não jogue fora o bebê junto com a água do banho".

3 - Os telhados das casas não tinham forro e as madeiras que os sustentavam eram o melhor lugar para os animais se aquecerem; cães, gatos e outros animais de pequeno porte como ratos e besouros. Quando chovia, começavam as goteiras e os animais pulavam para o chão. Assim, a nossa expressão "está chovendo canivetes" tem o seu equivalente em inglês em "It's raining cats and dogs". E, para não...
Sujar as camas, inventaram uma espécie de cobertura, que se transformou no dossel.

4 - Aqueles que tinham dinheiro possuíam pratos de estanho. Certos tipos de alimentos oxidavam o material, o que fazia com que muita gente morresse envenenada - lembremo-nos que os hábitos higiênicos da época não eram lá grande coisa... Isso acontecia freqüentemente com os tomates, que, sendo ácidos, foram considerados, durante muito tempo, como venenosos.

5 - Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou uísque. Essa combinação, às vezes, deixava o indivíduo "no chão" (numa espécie de narcolepsia induzida pela bebida alcoólica e pelo óxido de estanho)... Alguém que passasse pela rua poderia pensar que ele estava morto, portanto recolhia o corpo e preparava o enterro. O corpo era então colocado sobre a mesa da cozinha por alguns dias e a família ficava em volta, em vigília, comendo, bebendo e esperando para ver se o morto acordava ou não. Daí surgiu o velório.

6 - A Inglaterra é um país pequeno, e nem sempre houve espaço para enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos tirados e encaminhados ao ossuário, e o túmulo era utilizado para outro infeliz. Às vezes, ao abrir os caixões, percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo. Assim, surgiu
A idéia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava amarrada num sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar. Assim, ele seria "saved by the bell", ou "salvo pelo gongo", como usamos hoje.

7 - As casas dos mais abastados tinham no telhado dois tipos de acabamento, a beira, "o beiral" e a eira que é o acabamento decorado feito na fachada, e a casa da plebe tinha apenas o telhado sem acabamento algum, daí a expressão "sem eira nem beira"
Na era medieval, a vida entre quatro paredes ficou mais recatada por causa da influência da Igreja Católica. No mundo ocidental, tudo que era relacionado ao sexo - exceto a procriação - passou a ser pecado. Até pensar no assunto era proibido! O único que se dava bem era o senhor feudal: além de colocar cinto de castidade em sua esposa, ele tinha o direito de manter relações sexuais com qualquer noiva em seu feudo na primeira noite do casamento dela. A datação tradicional da Idade Média vai de 476, queda do Império Romano do Ocidente, a 1453, queda de Constantinopla. Já no Oriente, em países asiáticos, a liberdade sexual era maior. Os homens orientais podiam, por exemplo, ter quantas mulheres quisessem, desde que conseguissem sustentar todas. "Mas o segundo casamento tem de ter autorização da primeira esposa. Isso foi feito para a mulher não ficar sozinha e desamparada", diz o historiador Claudio Umpierre Carlan, professor da Universidade Federal de Alfenas (MG) e pesquisador da Unicamp.



Sexo era pecado e deveria ser evitado a todo custo

Paquera

Por volta do século 12, surgiu o chamado amor cortês. Na corte, o cavaleiro levava o lenço da mulher amada. Mas era um amor platônico e infeliz - como os casamentos eram arranjados por interesses econômicos, o cavaleiro e a dama quase nunca ficavam juntos. Os noivos arranjados muitas vezes só se conheciam por meio de retratos pintados a óleo


 Só uma posição era consentida pela Igreja: a missionária (atual papai-e-mamãe). Ela tem esse nome porque os missionários cristãos queriam difundir seu uso em sociedades onde predominavam outras práticas. Para os cristãos, ela é a única posição apropriada porque, segundo são Paulo, a mulher deve sujeitar-se ao marido. O recato entre quatro paredes era tamanho que, em alguns lares mais tradicionais, o casal dormia com um lençol com um furo no meio!


 Para desincentivar os prazeres sexuais solitário surgiram nessa época os mitos de que os meninos ficavam com espinhas ou calos nas mãos caso se masturbassem. Se uma menina se tocasse, ou estava tendo um encontro com Satã ou havia sido enfeitiçada por bruxas. A paranóia era tão grande que muitos tomavam banho vestidos - até o banho era considerado um ato libidinoso.

Casamento

A família da noiva, que podia casar logo após a segunda menstruação, pagava um dote (dinheiro ou bens) ao noivo, que tinha, geralmente, entre 16 e 18 anos. Mas havia proibições, claro: o papa Gregório I proibiu o casório entre primos de terceiro grau, e Gregório III proibiu a união de parentes de até sexto grau!

Ciência

A anatomia não evoluiu muito na era medieval, mas os conhecimentos técnicos para evitar o sexo, sim! Não há consenso entre os historiadores sobre a invenção do cinto de castidade, mas acredita-se que o modelo mais antigo seja o de Bellifortis, de 1405. Feito de metal, ele tinha aberturas farpadas que permitiam urinar, mas não copular. Também foi inventada a infibulação, técnica de costura da vagina para garantir a fidelidade da mulher ao senhor feudal quando ele viajava

Homossexualidade

A relação homossexual era chamada sodomia e era crime com pena de morte, além de ser considerada heresia pela Igreja - os homossexuais poderiam até ser queimados em fogueiras. No Oriente, era aceito - mas à surdina. Por exemplo, em exércitos em guerra, era preferível a relação entre soldados a recorrer a prostitutas

Prostituição

Como os homens não podiam ter prazer com as esposas, com quem só transavam para procriação, a procura por prostituas era grande. Ao mesmo tempo em que eram malvistas pela sociedade e pela Igreja, as profissionais do sexo tinham que doar metade de seus lucros ao clero - foi o que instituiu o papa Clemente II (1046-1047)

Pecados

Segundo a suma teológica de são Tomás de Aquino, documento escrito de 1265 a 1273, havia dois tipos de pecado pela luxúria:

- Pecado contra a razão

Fornicação e adultério, por exemplo,

- Pecado contra a natureza

São os pecados que contrariam a ordem natural do ato sexual. Aí se incluem masturbação, sexo com animais, homossexualidade e a prática antinatural do coito. Leia-se: não podia ser feito sexo em orifícios não naturais (boca e ânus), mesmo que fosse entre marido e mulher!
Lazer dos nobres

Torneios medievais

Os nobres (senhores feudais, cavaleiros, reis, duques, etc) gostavam muito dos torneios medievais. Estes torneios eram espécies de jogos competitivos em que cavaleiros armados se enfrentavam entre si. Montados em cavalos, usando armaduras, lanças e escudos, estes cavaleiros lutavam para demonstram suas habilidades como guerreiro. Era comum cavaleiros saírem gravemente feridos ou até mesmo mortos durante a realização destes torneios.

Caça

A caça de animais selvagens também era uma outra forma de lazer muito valorizada pela nobreza. Montados em cavalos e acompanhados de cães de caça, os nobres entravam nos bosques e florestas para caçarem raposas, coelhos, alces, javalis e outros animais selvagens.

Festas nos castelos

Eram comuns as festas realizadas pelos nobres em seus castelos. Momento em que convidavam amigos e parentes para um banquete. Nestas festas, eram comuns a presença de músicos, grupos de teatros, dançarinos, mágicos, etc.

Lazer dos camponeses (servos)

Embora tivessem uma vida muito desgastante e sofrida, os servos (camponeses) também conseguiam arrumar tempo para a diversão. A dança e a música eram as principais formas de lazer entre os camponeses na Idade Média. As crianças brincavam de lutas e imitavam os cavaleiros que admiravam com armas de brinquedos feitas de madeira.
De uma maneira geral, a alimentação medieval era pobre, se comparada com os padrões modernos. A quantidade era superior à qualidade. A arte de cozinhar estava ainda numa fase rudimentar uma vez que as conquistas da cozinha romana tinham-se perdido com a queda do Império.

As duas refeições principais do dia eram o jantar e a ceia. Jantava-se, nos fins do século XIV, entre as dez e as onze horas da manhã. Ceava-se pelas seis ou sete horas da tarde.

O jantar era a refeição mais forte do dia. O número de pratos servidos andava, em média, pelos três, sem contar sopas, acompanhamentos ou sobremesas. Para os menos ricos, o número de pratos ao jantar podia descer para dois ou até um. À ceia, baixava para dois a média das iguarias tomadas. A base da alimentação dos ricos era a carne. Ao lado das carnes de matadouro ou carnes gordas - vaca, porco, carneiro, cabrito - consumia-se largamente caça e criação. A criação não variava muito da de hoje: galinhas, patos, gansos, pombos, faisões, pavões, rolas e coelhos. Não existia ainda o peru que só veio para a Europa depois da descoberta da América.
Fabricavam-se também enchidos vários, como chouriços e linguiça.

A forma mais frequente de cozinhar a carne era assá-la no espeto (assado). Mas servia-se também carne cozida (cozido), carne picada (desfeito) e carne estufada (estufado).

O peixe situava-se também na base da alimentação, especialmente entre as classes menos abastadas, e durante os dias de jejum estipulados pela Igreja. Um dos peixes mais consumidos pelos portugueses na Idade Média parece ter sido a pescada (peixota). Sardinha, congros, sáveis, salmonetes e lampreias viam-se também com frequência nas mesas de todas as classes sociais. Também se comia carne de baleia e de toninha, bem como mariscos e crustáceos. Ao lado do peixe fresco, a Idade Média fez grande uso de peixe seco salgado e defumado.

A fruta desempenhava papel de relevo nas dietas alimentares medievais. Conheciam-se praticamente todas as frutas que comemos hoje. Muitas eram autóctones, outras foram introduzidas pelos árabes. Apenas a laranja doce viria a ser trazida por Vasco da Gama, no século XV. Certas frutas eram consideradas pouco saudáveis como as cerejas e os pêssegos por os julgarem "vianda úmida". Também o limão se desaconselhava por "muito frio e aguado". Era uso comer fruta acompanhada de vinho, à laia de refresco ou como refeição ligeira, própria da noite. Da fruta fresca se passava à fruta seca e às conservas e doces de fruta. Fabricavam-se conservas e doces de cidra, pêssego, limão, pêra, abóbora e marmelo. De laranja se fazia a famosa flor de laranja, simultaneamente tempero e perfume.

O fabrico de bolos não se encontrava muito desenvolvido. Anteriormente ao século XV, o elevado preço do açúcar obrigava ao uso do mel como único adoçante ao alcance de todas as bolsas. Havia exceções: fabricavam-se biscoitos de flor de laranja, pasteis de leite e pão de ló, juntamente com os chamados farteis feitos à base de mel, farinha e especiarias. Com ovos também se produziam alguns doces: canudos e ovos de laçoa.
Contudo, só a partir do Renascimento se desenvolverá a afamada indústria doceira nacional.

Mas a base da alimentação medieval, quanto ao povo miúdo, residia nos cereais e no vinho. Farinha e pão, de trigo, milho ou centeio, e também cevada e aveia, ao lado do vinho, compunham os elementos fundamentais da nutrição medieval. E no campo havia sucedâneos para o pão: a castanha ou a bolota, por exemplo.

O número de bebidas era extremamente limitado. Desconhecia-se o café. Chá, chocolate e a cerveja. À base do vinho e água se matava a sede ou se acompanhavam os alimentos. Bebiam-se vinho não só ao natural, mas também cozido e temperado com água.

Não eram especialmente apreciadas as hortaliças e os legumes, pelo menos entre as classes superiores. O povo, esse fazia basto uso das couves, feijões e favas. As favas, assim como as ervilhas, as lentilhas, o grão de bico tinham igualmente significado como sucedâneos ou complementos do pão. Os portugueses do interior, sobretudo beirões e transmontanos recorriam à castanha. Durante metade do ano comiam castanha em vez de pão. Nas casas ricas, onde a culinária era requintada as ervas de cheiro serviam de ingredientes indispensáveis à preparação das iguarias, como coentros, salsa e hortelã, ao lado de sumos de limão e de agraço, vinagre, de cebola e de pinhões. Cebola e azeite entravam para o tradicional refogado.

Para bem condimentar os alimentos, usavam os portugueses da Idade Média espécies várias de matérias gordas. O azeite, em primeiro lugar mas também a manteiga, o toucinho e a banha de porco ou de vaca.

O tempero básico era, naturalmente, o sal também usado para a conservação dos alimentos. As chamadas viandas de leite estão sempre presentes, isto é, queijo, nata, manteiga e doces feitos à base de lacticínios. O leite consumia-se em muito fraca quantidade. Na sua maior parte transformava-se em queijo ou manteiga. Servia também como medicamento.

Ovos consumiam-se cozidos, escalfaldos e mexidos.

Um comentário:

  1. meu trabalho de historia é sobre as transfomaçoes da educação na idade moderna. valeu.

    ResponderExcluir